Uma revolução de esperança

Você sente cansaço por escutar tantas más notícias? Parece-lhe desolador o panorama do mundo? Isso lhe produz ansiedade, frustração, impotência?

Quase sempre nos esquecemos que a esperança nos chega através de pequenos momentos no cotidiano. Convido você para olharmos como o mundo se assenta na confiança e no serviço. E claro!! É possível criar esperança.

Hoje abro o jornal on-line e vejo notícias sobre conflitos no governo, guerras que desejamos que terminem, mas não terminam, índices de pobreza e de desemprego.

Minha leitura dura apenas 20 minutos, mas fica em mim uma sensação amarga. Ficam em mim perguntas sobre como poderíamos viver em um mundo melhor e o que eu poderia fazer.

Acontece o mesmo com você?

Imediatamente, me dou conta: a quem ajuda o meu desânimo? Certamente, não ajuda nem a mim nem a ninguém.

Saio para caminhar. Enquanto caminho observo. Vejo um homem cuidando de seu jardim na casa ao lado. Vejo crianças irem para a escola. Vejo que as pessoas estão indo para o trabalho. Conheço algumas. Aquela é enfermeira, esse senhor é pedreiro, essa outra jovem é professora. Cada um vai fazer o que melhor sabe fazer. Cuidar, construir, ensinar.

A rede de confiança que sustenta o mundo… e não sabias

Pergunto-me: em quantos outros lugares eu veria uma cena parecida? Quantas serão essas pessoas, em cada cidade, em todo o mundo, que hoje estão vendo os seus trabalhos ou as suas atividades? Quantas dessas pessoas desconhecidas e anônimas cumprem um papel importante na sociedade?

Dou-me conta que vivemos em uma trama enorme de relações, de intercâmbio, de serviço. Uma rede na qual somos interdependentes.

Bebo um gole de água. Quantas pessoas que não conheço tornaram possível que eu pudesse beber desta água com segurança? Sim, quando me detenho a pensar sobre isto, a cadeia é quase infinita.

Agora convido você para que, por alguns minutos, deixe a sua tela favorita (telefone, televisão, tablet, computador) e que saia das redes e dos noticiários e que olhe ao seu redor, que descubra aquelas pessoas comuns com as quais você cruza em sua vida cotidiana. Essas pessoas com seus defeitos, é claro, mas que se levantam a cada dia e fazem o seu melhor esforço para levar adiante sua família, seu trabalho, suas aspirações. Quantas são? 20? 100? Mil? Milhões?

E os milhões de cientistas, médicos, enfermeiros, jardineiros, professores, profissionais da limpeza, motoristas de ônibus, construtores, agricultores, os que produzem alimentos e um muito longo etc, etc, etc?

Você pode sentir que viver neste mundo vale a pena? Veja que estamos vinculados a um sem-número de pessoas que desconhecemos, que não saem em manchetes nem fazem posts que viralizam, mas fazem coisas valiosas e querem o melhor. Talvez sem saber, mesmo sem conhecer-nos servimos uns aos outros em uma rede de confiança. 

Sim, confiança… Confiança no médico, na professora, no motorista de ônibus. 

É claro que ao mesmo tempo há sofrimento. Sinto a dor que está aqui, tocando na porta de muitos. E talvez, em alguma medida, toca na porta de todos nós, inclusive na minha.

Mas também há confiança, há amor, há esperança.

O poder de agradecer

Agora que regressei à minha casa, algo mudou. Minha consciência se ampliou. Essa sensação amarga de desalento que tive mais cedo se foi e deu lugar a outro sentimento, a outra vibração: agradecimento.

Agradecimento pelo sem-número de milagres cotidianos, agradecimento a você e a tantos outros conhecidos e desconhecidos que tornam possível a minha vida. Agradecimento porque o que faço tem sentido, mesmo que ninguém saiba disso.

Quero gerar essa energia para mim mesma e para oferecê-la a você, a meu entorno, à sociedade, ao mundo. Estou criando confiança e esperança.

Convido você a fazer uma pausa, por um momento deixar ir todo o ruído e observar com atenção o que o rodeia. Tente reconhecer e agradecer às pessoas comuns que, com seus gestos e ações diários, constroem um mundo melhor. Deixe-se envolver pelo amor, pela gratidão, pela confiança e seja também parte de uma revolução de esperança.

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